Chega esta altura do ano e eis que esta palavra surge proeminentemente na boca de toda a gente, mesmo em quem não a usava e passou a usar só porque os outros usam. Há gente que critica o excesso de anglicismos (e com razão), mas nunca vi ninguém criticar o uso deste galicismo. Réveillon não será uma "simples" festa de transição de ano? Dá vontade de me armar em emigrante português e chamar ao evento revelhão, ou até mesmo rebelhão.
Depois temos a ocasião em si: antes dela, nota-se que as pessoas como que por magia ficam mais alegres e mais simpáticas (nada contra). E como que por maldição, por volta da meia-noite de 31 de Dezembro eis que as pessoas de alegres e simpáticas passam a parvas e idiotas, e é vê-las de copos e garrafas na mão e, como diria um senhor que eu conheço, com traje domingueiro, como se fosse uma espécie de Carnaval B. No lado masculino, o típico calças abaixo do cu põe-se de modo "elegante", de modo a que com uma taxa de alcoolemia significativa seja mais fácil acasalar com uma fêmea (na maioria dos casos, claro), até porque, do lado feminino, é a oportunidade soberana de parecer uma vacarrona, mas com roupas caras.
O dia seguinte é gasto pelo processo de dissolução de substâncias pirileiras pelo corpo humano, e, por fim, chega o regresso à dura realidade.
[Nota: trata-se de uma generalização, e, como todas as generalizações, corre o risco de estar rotundamente errada na aplicação a uma dada porção de indivíduos em particular]
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