Por que razão muitos dos que têm voz na comunicação social portuguesa pronunciam mal os clubes estrangeiros que eu vou indicar? Não se lhes exige que sigam à risca a abertura ou fechamento das vogais ou que articulem sons que não existam em português. Ordenemo-los do menos para o mais escandaloso:
4. Dijon (França). Há quem pronuncie aquele J como se fosse espanhol (confundindo Dijon com Gijón)...
3. Getafe (Espanha). Tudo bem que aquele G tem um sim que não existe em português, e eu acharia aceitável pronunciar a palavra como se fosse portuguesa (“Jetafe”). Agora ”Guetafe”?!
2. Leganés (Espanha). Esta então nem tem confusão possível, mas há quem consiga dizer “Legânes”.
Nenhum dos três clubes citados tem um historial por aí além, pelo que a falta de hábito em ouvir estes nomes potencia os erros que referi. Além disso são clubes que praticamente só se ouvem na comunicação social especializada no desporto. Mas o que falta é pior.
Leverkusen (Alemanha). O idioma germânico não é propriamente simpático para o comum dos mortais. Ultimamente têm aparecido uns clubes com uns nomes bem jeitosos, como o Ingolstadt, o Eintracht Braunschweig ou o Greuther Fürth (todos os anos anseio que o Erzgebirge Aue suba de divisão).
Mas o Leverkusen é uma equipa com outro nível, e que frequentemente defronta o Benfica ou o Sporting, e por isso mesmo muito mais profissionais são obrigados a pronunciar o seu nome. O U lê-se como o “U” de “uva” e o S está entre vogais e, tal como em português, lê-se como o S de “casa”. Quem inventou o “Leverkyussen”?
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