Hoje foi o grande dia, em que os Coletes Amarelos "pararam" o país.
Opinar sobre o motivo que os levou a manifestarem-se seria dar importância a coisas sem importância nenhuma, como impostos, salários, reformas, corrupção, etc.
Vou centrar-me no depoimento de um manifestante, o qual referiu o seu desagrado pela fraca adesão da população: "estão 5 polícias por manifestante, o que demonstra que o povo está contente com as coisas e entretém-se é a festejar nos jogos de futebol".
É sabido que nestes momentos o futebol é o bode expiatório das diversas desgraças a que as pessoas são submetidas, como se fosse ofensivo festejar os sucessos da nossa equipa. Não é o mais importante da vida, mas não é a razão das desgraças.
Na rádio a repórter afirmava que a banda sonora incluía uma mistura entre José Afonso, o hino nacional - e, sugeriria eu, José Mário Branco. Podíamos ter a seguinte sequência:
Qual é a tua, ó meu
P'ra andares a dizer
"quem manda aqui sou eu"?
Às armas! Às armas!
Pela pátria lutar!
Ti-ri-ri-ri-ri ti-ri-ri-ri-ri
ti-ri-ri-ra-ra-ru-ri-iá-ié.
Lusitanismo insuficiente: se se conhecesse bem Portugal e os portugueses, é óbvio que há alturas muito melhores que outras para organizar manifestações, aquilo que em estrangeiro se diz timing.
São de evitar as seguintes épocas:
- Carnaval
- Santos populares
- Marcha do orgulho LGBT/gay/tuning/GTi de 130 cavalos
- 12/13 de Maio/Outubro
- noite do Halloween
- de 1 de Julho a 15 de Setembro
- quarta sexta-feira de Novembro
- quadra natalícia
- dia em que o campeonato nacional de futebol sénior masculino fica decidido
- dias de jogo da selecção nacional de 2 em 2 anos
- 11 de Novembro.
Têm o resto do calendário. Experimentem fazer a manifestação na passagem de ano para depois atirarem à cara dos portugueses que eles preferiram olhar para o fogo-de-artifício.
Por último, o colete amarelo pode ser uma bela fatiota para usar no próximo Carnaval, até porque isto de os homens se mascararem sempre de mulheres já cansa.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
terça-feira, 30 de outubro de 2018
Verbo secalhar
Presente do indicativo:
Eu secalho
Tu secalhas
Ele/Ela secalha
Nós secalhamos
Vós secalhais
Eles/Elas secalham
Podem sempre completar o restante paradigma verbal. É fácil, é um verbo regular.
Eu secalho
Tu secalhas
Ele/Ela secalha
Nós secalhamos
Vós secalhais
Eles/Elas secalham
Podem sempre completar o restante paradigma verbal. É fácil, é um verbo regular.
segunda-feira, 17 de setembro de 2018
Leituras de restaurante
Pesadelo na Cozinha:
- eu acho que o comum dos mortais quando se sente "um bocado maldisposto" não vai de propósito a restaurante para pedir um bacalhau com batatas sem azeite;
- crianças a distribuir o pão: onde está a ASAE quando é necessário?;
- sala de leitura no restaurante: eu pensava que um restaurante e uma clínica dentária não tinham nada em comum. Afinal sim: o cliente está todo entretido a meio do segundo capítulo de um romance (o que indicia que já está à espera da refeição há algum tempo) e lá chega o maranho. Oh que chatice, logo agora que o enredo estava a ficar interessante.
- eu acho que o comum dos mortais quando se sente "um bocado maldisposto" não vai de propósito a restaurante para pedir um bacalhau com batatas sem azeite;
- crianças a distribuir o pão: onde está a ASAE quando é necessário?;
- sala de leitura no restaurante: eu pensava que um restaurante e uma clínica dentária não tinham nada em comum. Afinal sim: o cliente está todo entretido a meio do segundo capítulo de um romance (o que indicia que já está à espera da refeição há algum tempo) e lá chega o maranho. Oh que chatice, logo agora que o enredo estava a ficar interessante.
sábado, 8 de setembro de 2018
Macedónia do Norte
Hoje passou na SIC Notícias um rodapé a dizer que vai ser referendada a mudança de nome da Macedónia para Macedónia do Norte, e tudo porque a Grécia insiste que lá porque a Macedónia se chama Macedónia vai correr a querer o território grego fronteiriço e que também se chama Macedónia.
Julgava eu que ninguém queria saber disso, mas a partir do momento em que Angela Merkel resolve "recomendar" que se aprove a mudança de nome é porque afinal isso interessa.
Por mim não há problema que se mude de nome para Macedónia do Norte. Considerando que se entende que a nomenclatura passa a distinguir claramente as duas Macedónias, Macedónia do Norte é claramente melhor opção que a aberração Antiga República Jugoslava da Macedónia.
Mas já agora, caríssimos gregos: nunca ouvi falar de problemas da região belga chamada Luxemburgo por haver um país (e contíguo) com o mesmo nome, nem de problemas na região iraniana do Azerbaijão por haver um país (e contíguo) chamado Azerbaijão.
E se a Estremadura espanhola fosse independente? Portugal iria embirrar com o nome?
Julgava eu que ninguém queria saber disso, mas a partir do momento em que Angela Merkel resolve "recomendar" que se aprove a mudança de nome é porque afinal isso interessa.
Por mim não há problema que se mude de nome para Macedónia do Norte. Considerando que se entende que a nomenclatura passa a distinguir claramente as duas Macedónias, Macedónia do Norte é claramente melhor opção que a aberração Antiga República Jugoslava da Macedónia.
Mas já agora, caríssimos gregos: nunca ouvi falar de problemas da região belga chamada Luxemburgo por haver um país (e contíguo) com o mesmo nome, nem de problemas na região iraniana do Azerbaijão por haver um país (e contíguo) chamado Azerbaijão.
E se a Estremadura espanhola fosse independente? Portugal iria embirrar com o nome?
sábado, 23 de junho de 2018
sábado, 14 de abril de 2018
Masculina e feminino
Agora já se pode mudar de género só porque sim.
Jovem, se queres ingressar na carreira militar, muda de masculino para feminino. As condições de admissão são diferentes.
Sempre tiveste curiosidade em explorar os balneários ou as casas de banho do sexo/género oposto? Aproveita agora.
Estás farta das lamechices dos 8 de Março? Muda de feminino para masculino.
Gostas de ver a bandeira portuguesa subir ao alto nas grandes competições desportivas internacionais? Se os nossos melhores desportistas mudarem de masculino para feminino, seremos uma potência desportiva mundial.
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
Portuglish
Texto (aparentemente em inglês) subordinado ao tema "Will people watch TV in the future?" ("As pessoas verão televisão no futuro?)
"I think que as people not vão precisar à watching TV, because as people vão ver as notícias todas nos tablets and smartphones.
Their vão playing no smartphone, tablet and laptop computer.
To gether as people not vão precisar da TV para nothing because vai ser tudo informado pelos tablets and smartphones."
"I think que as people not vão precisar à watching TV, because as people vão ver as notícias todas nos tablets and smartphones.
Their vão playing no smartphone, tablet and laptop computer.
To gether as people not vão precisar da TV para nothing because vai ser tudo informado pelos tablets and smartphones."
sábado, 27 de janeiro de 2018
Adeus, Super Nanny
E se a Super Nanny não desse na SIC?
Se desse na TVI, a Super Nanny seria o Ljubomir Stanišić. Entrava logo à bruta com os pais e chamaria cocó diante da criança a tudo o que não fosse do seu agrado.
Se os pais estivessem de algum modo a fugir ao combinado, haveria um episódio em que ele lhes diria que se recusaria a ajudá-los porque não mereciam. Teria de ser a avó da criança a ir à procura dele e, ainda que sem a ajuda do Inspector Max, a encontrá-lo. Stanišić voltaria a ajudar a família "só por causa desta maravilhosa avó".
Se fosse na CM TV, a SuperNanny viria logo com a CNPCJR atrás. Num instante a criança era retirada à família e ainda iríamos ter o direito aos comentários dos Andrés Venturas desta vida sobre o assunto.
Infelizmente, o terceiro episódio na Super Nanny não será emitido. O que me arrelia não são as possíveis consequências na família, nas crianças, nos colegas, na SIC ou nos telespectadores.
É que o terceiro episódio iria trazer à baila um tema muito caro a pessoas como eu: a família tinha um par de gémeos com corte de cabelo à tigela, que se chamam de certeza Martim e Santiago.
A MÃE TRATA-OS NA TERCEIRA PESSOA.
Se desse na TVI, a Super Nanny seria o Ljubomir Stanišić. Entrava logo à bruta com os pais e chamaria cocó diante da criança a tudo o que não fosse do seu agrado.
Se os pais estivessem de algum modo a fugir ao combinado, haveria um episódio em que ele lhes diria que se recusaria a ajudá-los porque não mereciam. Teria de ser a avó da criança a ir à procura dele e, ainda que sem a ajuda do Inspector Max, a encontrá-lo. Stanišić voltaria a ajudar a família "só por causa desta maravilhosa avó".
Se fosse na CM TV, a SuperNanny viria logo com a CNPCJR atrás. Num instante a criança era retirada à família e ainda iríamos ter o direito aos comentários dos Andrés Venturas desta vida sobre o assunto.
Infelizmente, o terceiro episódio na Super Nanny não será emitido. O que me arrelia não são as possíveis consequências na família, nas crianças, nos colegas, na SIC ou nos telespectadores.
É que o terceiro episódio iria trazer à baila um tema muito caro a pessoas como eu: a família tinha um par de gémeos com corte de cabelo à tigela, que se chamam de certeza Martim e Santiago.
A MÃE TRATA-OS NA TERCEIRA PESSOA.
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
E se fosse com a Conceição Lino?
E SE FOSSE CONSIGO?
A presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens, uma senhora pertencente ao Instituto de Apoio à Criança e uma psicóloga participaram num debate exibido na SIC na passada segunda-feira, no qual também participou Júlia Pinheiro. Esta última teve talvez o tempo de antena das outras três em conjunto, pôde dizer cinco frases consecutivamente sem ser interrompida pela moderadora (contrariamente às interlocutoras, às quais parecia inibido emitirem frases com mais de 8 palavras).
Como é que Conceição Lino descreveria o que se passou?
"A senhora de azul insiste no tema,mas ninguém parece levá-la a sério"
"Esta outra parece impedida de se exprimir, mas ninguém faz nada".
"E esta senhora? Parece prestar atenção, mas não reage"
"O desprezo é uma das principais causas de amuo em Portugal. Diariamente, 'n' pessoas são vítimas de desprezo sem que ninguém se preocupe com elas"
E se fosse consigo?
A presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens, uma senhora pertencente ao Instituto de Apoio à Criança e uma psicóloga participaram num debate exibido na SIC na passada segunda-feira, no qual também participou Júlia Pinheiro. Esta última teve talvez o tempo de antena das outras três em conjunto, pôde dizer cinco frases consecutivamente sem ser interrompida pela moderadora (contrariamente às interlocutoras, às quais parecia inibido emitirem frases com mais de 8 palavras).
Como é que Conceição Lino descreveria o que se passou?
"A senhora de azul insiste no tema,mas ninguém parece levá-la a sério"
"Esta outra parece impedida de se exprimir, mas ninguém faz nada".
"E esta senhora? Parece prestar atenção, mas não reage"
"O desprezo é uma das principais causas de amuo em Portugal. Diariamente, 'n' pessoas são vítimas de desprezo sem que ninguém se preocupe com elas"
E se fosse consigo?
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