segunda-feira, 30 de março de 2020

Saiba o que a Imprensa não lhe quer dizer IX

Início das férias da Páscoa marcado pelo desânimo entre alunos e encarregados de educação

Com a antecipação do término as actividades lectivas presenciais a 13 de Março e a sua suspensão sine die, gerou-se um clima de desânimo entre alunos e encarregados de educação.
Contrariamente ao esperado, tal não se deveu à azáfama provocada pela acumulação de teletrabalho para os encarregados de educação e teletrabalho para os filhos, mas sim pelo facto de nem uns nem outros terem um alvo fácil para manifestarem as suas frustrações.
Samantha Calduços e Fábio Calduços, alunos do 8.º ano, partiharam a sua frustração: "quando íamos às aulas, já sabíamos que íamos lá para agredir ou chamar nomes aos professores e aos funcionários e isso dava-nos gozo. Agora estamos para aqui em casa a jogar ao Fortnite e a tirar fotos ao espelho - também é giro, mas não é a mesma coisa".
Kevin Entremeadas, encarregado de educação, alinha pelo mesmo diapasão: "Antigamente, se eu quisesse safar o meu puto, era fácil: bastava chegar à escola, dizer que queria ir à secretaria e num instante estava a obrigar a professora de História a pôr certo a pergunta do teste que o miúdo tinha falhado. Agora não: eles fiam ali escondidos atrás do computador a armar sabe-se lá o quê para infernizarem a vida aos miúdos, em vez de lhes ensinarem a escola da vida".

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